quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Assassino do Opala - cap 6



Penúltimo Capítulo

Ao ver o opala vindo atrás deles, Charles pressionou o pedal do acelerador até o fundo. O carro do professor rangeu em arrancada. Monica assustada olhou para trás e viu o opala.

“Você está louco, Charles?”
“Não! Você não o está vendo? É o Opala!” – gritou o professor.
“Charles, é só algum garoto desmiolado correndo com o carro!”

Charles via o Opala se aproximar rapidamente – seu carro não era páreo para um opala de seis cilindros. Iniciava-se uma caçada, semelhante à caçada de um gato a um rato. Mas sem que o rato tivesse qualquer buraco onde se esconder. A estrada estava livre e não havia, por muitos quilômetros adiante, nenhuma rua secundária, não havia outros veículos no caminho. O gato pegaria seu rato.

“Charles, é só um opala qualquer! Deixa ele passar!”
“Ele não quer passar! Ele quer nos matar!”

O som potente do opala soava agora já próximo à traseira do carro de Charles.
Mendez olhava para o retrovisor central tentando ver o condutor do opala. Mas tudo que via era a luz cegante dos faróis altos do seu perseguidor.

O opala avançou batendo no para-choque traseiro do carro de Charles, fazendo-o solavancar à frente! Monica gritou!

“Meu Deus! O que é isso, Charles?”
“É ele! Quer nos matar!”

O opala piscou os faróis e então buzinou prolongadamente.
Nova buzinada e nova investida contra a traseira do carro de Charles.

“Não! Não pode ser, Charles!”

O opala permitia que o carro do professor escapasse um metro de distância para então tornar a acertá-lo com força! Nova buzinada!

Monica começou a chorar, temendo pela vida e arrependida de nunca ter acreditado no marido: “Charles, me perdoa! Como alguém acreditaria nisso?”.
– “Eu a perdoo, Monica” – o professor respondeu com sinceridade no coração.

O motor do opala rugia fazendo Charles sentir como quem ouvia o som da fúria maléfica do demônio.

Os carros seguiam em altíssima velocidade.

Na primeira curva da estrada o carro de Charles inclinou-se, derrapando para o lado enquanto os pneus lutavam para manter-se colados ao asfalto. O carro do professor oscilou, perdendo a direção, então se aprumou e transpôs a curva, lançou-se no ar, capotando várias vezes sobre o campo que margeava a estrada.

O lado do carona levou a pior! Quando finalmente o carro de Mendez parou de capotar, ficando de cabeça para baixo, ele viu Monica com o pescoço quebrado ao seu lado. O rosto sem vida de olhos arregalados era uma horrenda visão.
Charles lutou para conseguir sair pela janela se arrastando, e com muito esforço o conseguiu.

Desesperado, o professor se arrastava para longe de seu veículo. Assim que se distanciou um pouco ouviu e viu o clarão da explosão atrás de si.
Olhou por sobre os ombros para o carro em chamas onde jazia a esposa.
O professor caiu em pranto desesperado. Chorou amargamente a esposa morta.

O opala seguiu o carro que capotou até alguns metros de distância do ponto onde parou.

Charles escondia o rosto, apoiando a testa sobre os braços cruzados, enquanto chorava.

Então ao silenciar a explosão, o professor ouviu o rangido de passos vindo em sua direção.

Virou-se vagarosamente para ver o vulto de um homem, que tinha atrás de si a luz dos faróis do opala.

Charles tentou se arrastar para longe dele, sem conseguir. O vulto cuja identidade se ocultava pela luz dos faróis do opala se aproximava calmamente. O homem trazia uma pá em uma das mãos.

Charles voltou a olhar para frente e a tentar inutilmente se arrastar para longe do sujeito que se aproximava. Desistindo quando percebeu que o homem já estava bem atrás dele.

O Assassino do Opala estava parado de pé logo atrás do professor.



Continua...

Um comentário:

  1. OMG!!! A Mônica morreu :(
    Eu definitivamente não gosto desse cara. Pelo menos descobri q tem uma pessoa na jogada. Um assassino cruel. Não mais um fantasma como pensava.
    E Charles não maluco \o/

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