Investigando O Coelhinho da Páscoa

As minhas melhores recordações dos dias de Páscoa envolvem meus tios e primos de Saquarema! Já que costumávamos aproveitar o feriado para visitar o Tio Beto!
Sempre adorei ir à casa do Tio Beto em qualquer ocasião! Ele sempre teve um “arsenal de coisas fascinantes” desde projetores com os quais fazia exibições de filmes pra gente transformando um quarto numa sala de cinema, até um estúdio musical com guitarras e bateria! Adorava os doces da minha tia! E ainda tinha meus primos!
Mas na Páscoa em especial eu curtia a empolgação da Bianca, que é quatro anos e pouco mais nova que eu! Eu me lembro de ocasiões de Páscoa quando a Bianca era pequenininha que nem na foto do post (foto que eu vasculhei aqui ontem pra encontrar) e esperava ansiosamente “o Coelho dos ovos de chocolate”!

“Você precisa me ajudar, Aline!”
Disse a pequenina Bianca numa véspera de Páscoa. E seguiu com perguntas.

“Tem coisas que eu não entendo! Como o Coelhinho consegue visitar todas as casas? Porque a gente nunca vê? Como um coelho consegue carregar os ovos? Se ele traz os ovos porque tem vendendo na loja?” (É minha prima mesmo!)

Eu sabia a resposta, mas eu ia acabar com aquela emoção?
“Ah Bia o Coelho é muito rápido e tantas casas pra ele ir que fica difícil a gente conseguir ver o danado que deve passar com muita pressa e ele deve ter uma cesta! E tem ovos na loja porque as pessoas compram pra dar de presente umas pras outras!”

Mas a Bia não parecia estar plenamente convencida com essas explicações

“Aline, Temos que investigar!!!” (por quê eu fui ensinar a brincadeira de investigar?)

“Tá bom! O que estamos investigando?”

“Como os Ovos de Páscoa aparecem!!!”

“Nosso suspeito?”

“O Coelho!”

“¬¬ Alguma descrição do suspeito?”

“Ele é fofinho, pelo branquinho, orelhas compridas e nariz vermelho!”

“Certo! Então amanhã a gente procura pistas tá?”

“Tá!”

Eu precisava implantar falsas pistas que incriminassem o Coelho! À noite depois da Bia dormir, meus tios esconderam ovos pela casa para a Bianca encontrar no dia seguinte. Depois que os tios também dormiram, eu fui à cozinha. Abri um pacote de farinha e juntando o polegar com os três maiores dedos da mão fui sujando as pontinhas dos dedos na farinha e fazendo “pegadas” que levavam até os ovos. Lembrei-me do quartinho de tranqueiras e que a tia guardava um casaco peludo antigo lá! O casaco tava lá no armário, peguei só uns pelinhos e depois espalhei pelo chão da sala! Então ouvi um barulho e corri de volta pro quarto com medo de ser a Bia acordando e ela não me ver lá! Não era! Mas deitei e dormi. Já havia pistas suficientes.

Pela manhã a Bianca acordou e...
“Aline! Levanta! Vamos investigar!”

A Bia (com lupa e tudo) encontrou os pelos.
“Nusss! Tem pelos aqui!”

“Deixa eu ver isso! Parecem pelos de coelho! E olha! Tem pegadas ali!”

“Pegadas de coelho!!!”

“Vamos segui-las!”

Seguimos as pegadas que iam dar nos ovos escondidos.

“Quem abriu o pacote de farinha e deixou em cima da pia?”
Aff! Era minha tia que tinha levantado e foi à cozinha!
Bianca olhou de novo as pegadas e observou que eram de farinha!

“Fui procurar uma ferramenta no quartinho e o armário tava aberto e o seu casaco antigo de pelo pro lado de fora!” Chegou o tio, ainda mais desastroso, falando com a tia!

Bia olhou os pelos.
“Já entendi tudo Aline!”

“Entendeu???” =|

“Claro! O papai tranca a casa toda à noite, o Coelho só podia entrar pelo basculante da cozinha que tá sempre aberto, aí pisou no saco de farinha que esqueceram na pia, depois foi esconder ovos no armário do quartinho, mas viu o casaco e pensou que era um animal ameaçador e mordeu o casaco e quando foi pra sala ainda tinha pelo dele na boca!”

“Então foi isso mesmo Bia! ^^”

“E também comeu um pedaço daquela cenoura marcadinha de dente de coelho ali do chão que ele roubou do cesto!”

Ué! Que cenoura? =S



...beijinhos***


Recado: Feliz Páscoa pra quem a celebre e bom domingo a todos!