sábado, 4 de outubro de 2014

Estranho e Extraordinário





No dia 1º de fevereiro de 1974, uma manhã chuvosa de sexta-feira, um incêndio parou a cidade de São Paulo. Um curto-circuito em um ar condicionado deu início a um dos maiores incêndios da história da cidade – “O Incêndio do Edifício Joelma”. Em poucos minutos, as chamas se espalharam pelas salas e escritórios. 191 pessoas morreram queimadas ou asfixiadas e outras 300 ficaram feridas.

Mas – como nos enredos de filmes de terror – O local traz histórias sobre ser amaldiçoado de tempos muito anteriores à construção do edifício incendiado há quarenta anos!

Uma das lendas diz que o terreno do Joelma serviu como um “local de castigo” para escravos indisciplinados que trabalhavam na região entre os séculos XVIII e XIX.  Negros teriam sido torturados até a morte, gerando a primeira série de mortes no local, considerado por muitos como amaldiçoado.

Antes de ser comprado por uma grande incorporadora, o terreno do Joelma era ocupado pela casa de um professor de química orgânica da USP. Em 1948, ele matou a tiros a mãe e duas irmãs, jogando os corpos em um poço que mandara construir dias antes no quintal da casa. Segundo a versão do professor, seus familiares morreram em um acidente de automóvel durante uma viagem ao Paraná. O relato, porém, não convenceu a polícia, que, ao investigar o caso acabou descobrindo os corpos jogados no poço. Ao perceber que havia sido descoberto, o professor foi até o banheiro e cometeu suicídio, dando um tiro contra o peito. Além das mortes do professor, da mãe dele e das duas irmãs, o crime do poço ainda deixou uma vítima indireta, já que um dos bombeiros que participaram do resgate dos corpos morreu dias depois por infecção cadavérica, o que aumentou o número de mortes no terreno.


Muitos acreditam que os espíritos das pessoas mortas no Incêndio do Edifício Joelma até hoje vagueiam pelo prédio (atualmente nomeado Edifício Praça da Bandeira).

Funcionários revelam já terem presenciado aparições de espíritos, ouvido gritos e vozes, além de terem visto fenômenos estranhos como faróis de carros vazios acenderem e apagarem.

Uma das histórias, recontada diversas vezes entre os frequentadores do prédio, é a do caso de uma funcionária de um escritório de advocacia que teria ouvido, já tarde da noite, um barulho de porta sendo aberta.  Porém, quando ela foi verificar, a porta continuava fechada. Instantes depois, ela ouviu o mesmo barulho e avistou o vulto de uma mulher passando pela sala de entrada. Quando chegou perto, porém, a funcionária não viu ninguém. Com medo, ela saiu do escritório rapidamente e, ao trancar a porta, viu novamente o vulto de uma mulher ao fundo no corredor. Segundo relatos, a assistente se demitiu, já que seria obrigada a ficar até tarde da noite outras vezes.

Outro relato é o de um suposto entregador que teria avistado um fantasma no estacionamento do edifício.  Enquanto esperava seu ajudante retornar ao carro, ele viu uma mulher vestida toda de branco, flutuando em direção ao seu carro. Assustado, o homem disse que saiu do local em direção ao colega de trabalho. Após a entrega, ele foi embora e não voltou mais ao prédio.

Mas das mais de cem vítimas da tragédia de 1974, treze delas são lembradas diariamente em especial. São as chamadas “Treze Almas do Joelma”.
Essas treze pessoas tentaram escapar por um elevador, e, não conseguindo, morreram carbonizadas em seu interior.
Na época, como não havia teste de DNA, devido à carbonização, fora impossível identificar essas treze vítimas.
Seus corpos foram enterrados lado a lado no Cemitério São Pedro em São Paulo, ao lado das sepulturas foi construída a "Capela das Treze Almas".

Algum tempo depois do sepultamento das treze vítimas não identificadas começou-se a ouvir gemidos, gritos de dor e pedidos de água. Procurou-se verificar de onde vinha “aquilo”, sendo que descobriram que os gemidos e choros saiam das sepulturas das treze vítimas! Então, sabendo a forma como morreram, os coveiros derramaram água sobre as sepulturas, em seguida os gemidos e choros cessaram.

A partir de então as sepulturas atraem centenas de visitantes, principalmente às segundas-feiras – dia das almas. Há quem faça promessas e reze novenas e atribuam milagres às Treze Almas e como agradecimento colocam faixas e "placas" com mensagens de gratidão no local.

Quem visita os túmulos das "Treze Almas" sempre pode verificar a existência de um copo com água sobre cada sepultura, isso com o objetivo de tranquilizar essas almas.


Fontes: Wikipédia/ Jornal Expresso/ Site Terra (reportagem de Fábio Santos) / Site tokdehistoria.com.br./ G1 

5 comentários:

  1. Lembro dessa tragédia,amiga!
    Muito sofrimento para quem foi e para quem ficou!
    Imagino como entender a vida retirada de uma foma tão trágica e dolorosa, mas há sempre um alívio, com certeza os mentores espirituais conduziram todos a um hospital e tudo ficou mais calmo, de acordo com a vontade do Criador!
    Não conseguimos entender porque somos muito pequenos ainda!
    bjus e bom final de semana,querida!
    http://www.elianedelacerda.com

    ResponderExcluir
  2. Eu li uma obra que relatava o acontecimento mas no caso é relatada por algumas das vítimas através da psicografia. Faz algum tempo e não lembro muita coisa, mas aqui segue o pdf, espero que goste :*

    http://gefe.org.br/livros-xavier01/148%20Somos%20Seis%20-%20Espiritos%20Diversos%20-%20Chico%20Xavier%20e%20Caio%20Ramacciotti%20-%20Ano%201976.pdf

    ResponderExcluir
  3. Boa tarde querida Aline.. meu pai volta e meia fala deste fato..
    existe sim uma ligação com coisas ocorridas no passado..
    afinal tempos de escravidão.. faziam de tudo não é..
    tempos atrás no video da eubiose um professor abordou um assunto bem parecido.. não lembro no nome do local agora.. tem alguma coisa a ver com processos e leis.. algo importante.. mas que lá atrás serviu de local onde esquartejavam pessoas..
    a energia fica no local.. e tem todo um grupo que pelo que já li.. antes de encarnar assina um contrato.. vamos dizer que são resgates cármicos..
    essas pessoas neste edificio.. o das torres gemeas.. quando um avião cai.. o acidente que teve em santa maria aqui no sul..
    tudo é assim.. mas muita gente não se conforma, não aceita e tb não faz nada para mudar as coisas erroneas que vive fazendo.. o destino pode ser mudado.. se tivermos forças..
    bela abordagem.. bjs meus e lindo dia

    ResponderExcluir
  4. Eu me lembro deste incêndios. Foi horrível. Pessoas se atiraram no desespero; Logo depois aqui em Porto Alegre teve um parecido no prédio da Renner.
    Porém, este lance dos fantasmas eu não sabia.
    Bjs

    ResponderExcluir
  5. Vengo del blog de Evanir y me ha encantado tu Rincón por las fascinantes y bien escritas historias, por lo cual, si no te importa, me hago seguidor de tan bello Espacio, que es el tuyo.
    Abraços.

    ResponderExcluir