terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A Última Noite - cap 5




Capítulo Cinco   

(Trilha sonora do quinto capítulo: Stranger in a Strange Land – Ace Frehley)


Ao chegarem à Little Town, Chase e Becky procuraram pelo cartório da cidade. Lá, Becky tentou obter informações sobre “Bryan Lempke” e todos os “Bretts” com idade condizente com a que aquele que poderia ser seu pai biológico teria.

“Becky, aquela mulher do cartório nos olhou de um jeito bem estranho!”
“Deve ser porque perguntei pelo nome de alguém conhecido por ter sido preso por assassinato e ser descendente do tal feitor! Que se dane isso! Mas é muito estranho não ter registro dele! Acho que talvez encontremos algo nas igrejas, se ele foi batizado, pode haver algum registro...”.


“Não podemos descansar um pouco antes... viajamos desde três da manhã...”.
“Não viemos aqui descansar, viemos procurar informações sobre quem é meu pai de verdade!”
“Ou ‘pai biológico’, afinal o Sr. Jimmy foi quem te criou, amor...”
“Que seja! Agora entra no carro e vamos procurar as igrejas daqui!”

Em frente a uma igreja...

“Essa parece ser a única igreja na cidade!” – disse Chase, pois já haviam rodado por toda Little Town.
“Vamos lá procurar o padre...” – respondeu Becky.

Quando estavam prestes a entrar na igreja, o padre surgiu.

“Bom dia! Posso ajudar ao casal?” – perguntou o pároco.
“Gostaríamos de consultar registros antigos de batismo... Procuramos por parentes...” – dizia Becky, quando, fazendo uma expressão de que lastimava, o padre disse – “Sinto muito, infelizmente não será possível ajudar! Há muitos anos essa igreja sofreu um terrível incêndio e todos os registros se perderam! Lamento muito!”.
“Essa é a única igreja da cidade?” – perguntou Becky.
“É sim”
“Está certo, então, muito obrigada!”
“Lamento não ter podido ajudar!”.

Voltaram para o carro e Chase disse – “Você não achou estranho?”.
“Não sei... essa igreja me passou algo estranho desde que paramos em frente a ela... Mas do que você fala?”
“O modo como o padre apareceu de repente, e como se colocou entre nós e a frente da igreja... parecia que não queria que entrássemos nela... E o modo como ele falou do tal incêndio... parece que inventou aquilo!”.

Becky olhou para frente da igreja e viu que o padre havia ido – “Vamos voltar lá!” – disse abrindo a porta do carro e descendo novamente. Chase fez expressão com o rosto de ter se arrependido do comentário.
Entraram de vagar no templo, enquanto Becky olhava para os lados, Chase olhou em direção ao altar.

“Ai, meu Deus do céu!” – Chase, incrédulo, exclamou.
“O que?”
“Olhe!” – Chase respondeu apontando para o altar – onde havia uma enorme imagem do Demônio.
“Melhor sairmos daqui!” – respondeu Becky.

“Tarde demais!” – disse a voz do padre que surgiu novamente, acompanhado de mais quatro homens armados, que tinham o casal sob suas miras.

“Vocês são muito fuxiqueiros!” – continuou o padre – “Por que andam pela cidade perguntando sobre Bryan Lempke?” – o padre sabia sobre a visita do casal de forasteiros ao cartório.

“Somos repórteres e investigávamos sobre a história da cidade” – Becky rapidamente respondeu. Chase percebeu que a namorada quis evitar que soubessem de seu possível parentesco com os Lempkes.

“O que exatamente da nossa história, forasteira? Quer saber sobre a maldição? Vocês vão saber tudo sobre ela! Querem saber sobre Bryan Lempke, vão poder perguntar tudo o que quiserem quando o encontrarem no Inferno” – disse irônico, o padre – “Levem esses dois para a cabana no Rubião!” – o pároco ordenou aos homens armados.

***

Na praia...

Amber estava deitada sobre a canga tomando sol, quando de repente viu um homem negro, todo ferido, em trajes de escravo correndo em sua direção. Ela ficou muito assustada, mas não teve reação. O negro escravo parecia apavorado, correu até a frente de Amber e se lançou à areia. Olhando para ela disse: “Fujam! Fujam!”.
Então ela percebeu um homem, com roupas como as dos antigos feitores, que chegou atrás do negro e atirou em sua cabeça, fazendo o sangue do escravo espirar em abundância sobre Amber! Ainda mais horrorizada viu o homem, que matou o escravo se transformar em um jovem de aproximadamente 20 anos, e seu rifle se transformar em uma adaga. Então o garoto sorriu macabramente e, com a adaga, cortou-lhe a garganta.

Amber acordou gritando!

– Calma, Amber! Está tudo bem! – disse Joey

Recuperando-se do pesadelo Amber disse, depois de uns instantes – “Acho que deveríamos dar um jeito de sair dessa cidade! Está tudo estranho demais! Eu tive um pesadelo muito estranho!”.

– Você deve ter ficado impressionado por causa daquele bilhete no restaurante – disse Joey.

– Nada do Bud? Ei, cadê a Ellen?

– Nada dele, a Ellen... – Joey olhou em volta procurando pela amiga, avistou-a ao longe conversando com um rapaz da cidade – Ah, olha ela lá! E de papo com aquele carinha que ela paquerou mais cedo, está bem até demais! Tá vendo?

Aaron chegou correndo, voltando do mar.
– O que foi esse grito?
– Só a Amber que cochilou e teve um pesadelo – disse Joey
– Certo, ‘ufa’, você me assustou, Amber! E a Ellen?
– Ah, ela está... Joey olhou novamente para onde Ellen conversava com o rapaz...
– Bem... estava ali conversando com o carinha daqui que ela flertou mais cedo...
– É... já deve estar se agarrando com ele em algum lugar...



2 comentários:

  1. Boa tarde querida Aline..
    essa viagem cheia de surpresas não é..
    e tua imaginação sempre aprofundando cada detalhe..
    és muito talentosa neste meio.. ainda espero estar na tua cola viu srrs mas vou demorar a escrever e dar vida a mais personagens.. até agora só sei dar vida a versos srrs beijos e até sempre doce amiga

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  2. Muito boa a sua escrita, gosto de ler seus textos,amiga!
    Fico muito envolvida e quero logo chegar ao final do enredo!rsrsrsapesar dos mistérios, sustos, coisas do gênero!!!!
    Bjus e bom final de semana,amiga!
    http://www.elianedelacerda.com

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