segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Histórias de Arrepiar


A seguinte história me foi relatada por um senhor que afirma tê-la testemunhado.



Espírito Queria Levar a Bisneta


Uma jovem vivia com o marido e os pais em uma casinha simples na zona rural
Mas desde que a jovem deu à luz sua primeira filhinha, coisas estranhas começaram a acontecer na local.

A princípio fatos que acabavam sendo creditados às desatenções ou lapsos, como quando a jovem estava preparando comida e uma panela com água que ela tinha certeza de que havia deixando esquentando no fogão não estava lá. Ou coisas até engraçadas, como quando um pedreiro conhecido da família foi consertar algumas telhas, e toda vez que ele estava sobre a casa a escada caía e ele tinha que chamar para conseguir descer.

Mas as coisas começaram a se tornar bem mais tensas. Objetos se moviam sem ninguém mexer neles e pedras caíam no telhado sem que se encontrasse quem as tivesse atirado. Começaram a ouvir com frequência socos nas paredes, e portas e janelas fechadas eram chacoalhadas com força, sem haver ninguém visível fazendo isso.

A situação piorou e panelas pesadas e facas começaram a “voar” perigosamente na direção dos habitantes da casa.

A família, então, passou a ouvir um assobio vindo do quarto, que antes pertencera ao falecido avó da jovem mãe. Assobiava como alguém chamando. Passaram a manter este quarto vazio, uma vez que ninguém conseguia mais ficar nele.

Certo dia, quando os assobios eram ouvidos, a mãe da jovem, à porta do quarto, sendo assistida por todos da casa, perguntou quem estava ali.

Ouviram a voz do falecido responder de dentro do quarto.

“Eu que estou aqui, ora!” – reconheceram assombrados a voz do velho.
“Pai? O senhor é quem tem feito essas coisas na casa?”
“Sim”.
“Por que tem feito essas coisas?”
“Eu quero a bebê! Quero minha bisneta comigo! Vou leva-la comigo!”.

Ao ouvir isso a jovem ficou estarrecida, e abraçando firme a filha contra o peito, começou a chorar.

“Pai, o senhor não pode fazer o que tem feito!”.
“Pois eu quero é ver quem é que vai me fazer parar!”

A situação piorou muito na casa desde então! Panelas, facas, garrafas e toda sorte de objetos acertavam os habitantes da residência ferindo-os, muitas vezes gravemente. Quando isso acontecia ouviam o riso do velho falecido.

A família passou a amarrar objetos perigosos e a encaixotá-los, mesmo assim as coisas continuavam se desprendendo e voando.

Na região havia uma mulher baixinha espírita, conhecida por “mexer com essas coisas”.  A família chamou essa mulher para tentar resolver o caso. Mas assim que ela tentou entrar na casa uma panela pesada voou em sua direção, acertando forte sua testa. Com a cabeça sangrando, ela disse que não poderia ajudar.

A família chamou o padre da localidade. Quando este chegou à frente da casa, o espírito do velho foi ouvido. Ele riu e disse:

“Primeiro aquela mulherzinha pequena e agora um padre? Vocês acham que eu tenho medo de homem que usa saia?”

O padre benzeu a entrada da casa e entrou. Assim que colocou os pés dentro da casa uma garrafa voou certeira em direção à cabeça do sacerdote. Mas ele habilmente a agarrou no ar. Outros objetos voaram em sua direção, e o padre tentou se defender usando uma panela como escudo. Porém eram tantos objetos que ele acabou correndo para fora. O padre se voltou para a família e disse – “Não tem jeito”, deixando apressadamente o local.

O espírito do velho riu e caçoou da família.

Foi procurado, então, um senhor de nome Cesário, de uma cidade vizinha, conhecido por lidar a muitos anos com espiritismo.

Quando ele chegou, encontrou a família e vários vizinhos do lado de fora da casa à sua espera. Todos os fatos anteriores foram-lhe relatados. O homem orientou os presentes a darem as mãos, formando um círculo em torno da casa e que rezassem ‘pai-nossos’ e ‘ave-marias’, enquanto ele entraria para lidar com o espírito.

Cesário entrou na casa, sendo atacado por objetos voadores – uma faca quase o acertou, passando muito próximo ao seu pescoço.

“O que quer você?” – perguntou o espírito.
“Ouça, você não pode continuar o que vem fazendo”. – disse Cesário
“Pois eu vou continuar até que me entreguem a menina!”
“Não, você não vai. Você está aqui, preso a este local por ter sido mau em sua vida, sem ter alcançado salvação. E não vai levar consigo”.
“Pois eu quero ver quem é o homem que vai me impedir!”

Cesário invocou Santo Agostinho, e solicitou ao santo que acorrentasse o espírito do velho.

Todos os que estavam do lado de fora da casa ouviram sons de correntes.

Preso, o espírito do velho disse:

“Eu pensava que não havia um homem que fosse mais do que outro homem, mas vejo que estava enganado”.

Cesário saiu da casa e disse à família:

“Eu consegui prendê-lo, mas não sei dizer por quanto tempo! Ouçam, o melhor é vocês tomarem seus pertences e deixarem para sempre este local”.

E assim a família fez, indo viver longe da antiga casa, e seguirem suas vidas em paz.

A casa nunca foi vendida, e posteriormente veio a ser demolida. Mas até hoje quem quer que se aproxime do terreno é atacado por pedras que são arremessadas, sem que se veja de onde veem.

Um comentário:

  1. Muito bom dia querida Aline..
    relatos assim a gente ainda escuta nos dias de hj..
    por isso que tem muitas casas e terrenos perdidos no tempo,, ng os quer..
    nem sempre é fácil lidar com quem já partiu mas que no fundo não partiu né.. só perdeu corpo fisico mas a consciência ainda muito ligado ao material e consequentemente a algum ente vivo..
    as vezes padre, benzedeira, nada disso resolve..
    não sei de onde vem tamanha força dessas entidades desencarnadas.. mas sempre algo encaminha eles a mundos de luz...
    beijos meus querida.. tenha um lindo dia

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