quarta-feira, 1 de maio de 2013

Alice & Ray - capítulo VI


“Como foi o beijo? Tem que contar!” – Bianca impôs!

“Bem! Nós andávamos pelo gramado próximo à Catedral, estávamos de mãos dadas, ora eu corria os olhos pelos jardins, ora olhava para Ray... Então paramos próximo a uma árvore, ele segurou minhas mãos juntas entre nós. Olhei para nossas mãos e depois para o rosto dele, então ele levou as mãos deles à minha cintura e eu o abracei, passando meus braços em torno do pescoço dele, e nos beijamos apaixonadamente!”.

“Que fofo, Vó!” – Bianca comentou e perguntou “Mas, no dia seguinte ele voltou para Londres, não é?”
 
“Sim! Eu o acompanhei à estação de trem... A estação em que você deve ter estado, Aline. Bem, hoje ela deve estar muito diferente desde quando deixei a cidade nos anos sessenta!”

“Quando estive lá (faz uns três anos), eu fiz o percurso Waterloo-Salisbury.” – respondi.

“Então era a mesma! Naquele dia estávamos muito felizes, por estarmos namorando, Ray não sabia precisar quando poderia voltar, prometeu que voltaria o mais breve possível e que me escreveria cartas... Vimos o trem que o levaria se aproximar e demos um longo abraço que durou até que ele embarcasse... Ele conta que eu não reparei, mas um funcionário da ferrovia nos reparou e sorriu nos olhando ao perceber que era uma despedia emocionada de amor... Eu fiquei vendo o trem partir e ainda ali na estação comecei a chorar e chorei tanto! (...) Ray conta que também chorou pelo caminho, segundo ele, até Waterloo!”

“Carta!” – exclamou Bianca e comentou “Imagina esperar carta!”.

“Mas carta tem um lado romântico e muito gostoso também!” – comentei.

“Sim, eu as lia várias vezes, as segura junto a mim, imaginava-o escrevendo-as e as guardava com muito amor! Ray tinha uma caligrafia muito bonita, gostava especialmente do modo como escrevia meu nome!” – comentou a Vovó.

Bianca ficou um tempo pensando e disse “O Marcus bem podia me mandar carta também!”.

“E ele demorou muito a voltar?” – perguntei.

“Mais ou menos um mês. Eu contei à mamãe sobre as promessas dele, na esperança dela perceber que ele gostava de mim sinceramente. Mas ela me disse que aquilo de “o mais breve possível” era “conversa de garoto”, e que provavelmente não teria intenção real de voltar, nem me escreveria, e que só queria me roubar beijos. Eu acreditava no Ray, mas todos falavam muitas coisas e eu me perguntava se teriam razão... Com a chegada da primeira carta eu fiquei com mais confiança nas promessas do Ray, mesmo assim continuava a ter receios. E tinha também as coisas que o Jones me dizia e as que aprontou...”

“Peraí!” – Bianca interrompeu e perguntou “Quem era esse Jones?”.


Continua...

4 comentários:

  1. Hummm q beijo romântico e realmente apaixonado!
    Qm será esse Jones?
    Ficou botando minhocas na cabeça da Alice, é?
    Ih! Vms ver até onde isso vai dar.
    Esperando o próximo post.
    Beijos

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  2. ALINE,

    sou seu seguidor há algum tempo e andei sumido , mas estou de volta e com blogues novos.

    Pode conferir?

    Um abração carioca.

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    1. Oi, Professor! Eu me lembro do senhor!
      Que bom que voltou! Vou conferir sim!

      Abração carioca!

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  3. To com a Bianca! Quem era este Jones?
    A Vovó não perdia tempo hein?

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