sábado, 6 de julho de 2013

Histórias de Terror Assustador que dão Medo!


O conto que trago hoje se trata de uma lenda urbana de Maceió, onde tudo teria se passado, sendo muito conhecida em todo estado de Alagoas! Tomei conhecimento da história através de uma mensagem que me foi enviada pelo Claudio, autor do blog “H.E. e O.P.”- um blog que eu pessoalmente gosto muito de visitar!
Pesquisando encontrei muitas versões dessa lenda urbana e à partir do que mais gostei preparei o texto de hoje, que espero que você goste! Foi muito importante para o resultado que ofereço a visita ao site “Sobrenatural.Org”.




Em um dos primeiros anos da década de 1920, acontecia um luxuoso baile da alta sociedade maceioense. Faziam-se presentes moças muito bem trajadas e rapazes obedientes às regras do cavalheirismo.

Um rapaz reparava uma moça em especial, chamava-lhe a atenção a satisfação dela em estar ali, revelada em seu sorriso de contentamento e o modo como corria os belos olhos, mirando tudo ao seu redor. O rapaz teve seu interesse despertado pela distinta dama.

“Poderia me conceder o prazer da próxima dança?” – cortejou-a o rapaz. Ela aceitou o convite, com um sorriso e estendendo a mão.

Ela parecia ainda mais feliz por dançar! O rapaz se encantava cada vez mais.

“Não quero ser indiscreto, mas não pode dizer-me o seu nome?” –  ele perguntou.
– “Carolina... Carolina Marques”.

Passaram um bom tempo juntos, dançando e tendo conversas agradáveis.

Até que...

“Não posso ficar por muito tempo mais” – ela disse.
“Ainda é bastante cedo” – disse o rapaz, triste pela iminência de perder a companhia.
“É que saí de casa contra a vontade de meus pais” – disse tímida – “Acontece que estou adoentada e me aconselhou o médico a não me expor à friagem da noite em demasia”

Algum tempo depois ela disse que estava apreciando muito a dança, as conversas e a companhia, mas precisava voltar naquele momento para casa.

“Se é assim, permita-me, então, leva-la até sua casa!” – ele disse.
“É melhor não” – ela respondeu.
“Poderia dar-lhe carona” – insistiu.
“Muito agradecida, mas a carona poderia me acarretar em problemas com meus pais”.
“E se eu lhe a levar até próximo sem parar à porta de sua casa? Ainda assim não me permitiria?” – tentou de novo.
“Sinto, mas não seria conveniente” – a moça recusava terminantemente.
“Estou preocupado com o que o médico lhe aconselhou! Por favor, aceite, então, ir com minha capa, assim estará mais protegida da friagem!” – o rapaz ofereceu ansioso por um pretexto qualquer que lhe assegurasse voltar a vê-la.
“És muito gentil!” – ela respondeu resolvendo aceitar a capa mediante tanta insistência.
“Contudo, não é correto que eu fique com sua capa!” – ela disse “Pode ir busca-la amanhã. Faço questão de devolvê-la”.

Ela então anotou o endereço em um pedaço de papel para que ele pudesse reaver a capa.
Satisfeito por um novo encontro marcado o rapaz permaneceu no baile e ela partiu.

No dia seguinte, em horário que lhe pareceu conveniente o rapaz foi até a casa dela. Atendeu-lhe uma senhora idosa.

“Procuro por Carolina Marques. Ela se encontra?”
Uma expressão de desagrado se formou no rosto da senhora, que depois de algum tempo olhando para ele disse rispidamente:
“Olha aqui, meu rapaz! Essa brincadeira não tem nenhuma graça!”
Ele se surpreendeu com a resposta rude.
“Desculpe-me, minha senhora! Asseguro-lhe que não tenho nenhuma intenção de brincar, muito menos de ser desagradável”.  – ele respondeu
Um senhor, marido da senhora, chegou à porta nesse momento, e perguntou à esposa: “O que está havendo?”.
 – “Esse rapaz parece ter vindo fazer uma brincadeira de muito mau gosto!” – respondeu a esposa.
“Por favor, meu senhor! Longe de mim tal intenção! Vim até aqui orientado pelo endereço que recebi”. – disse o rapaz.
“O que, afinal, o rapaz disse, querida?” – o senhor perguntou à sua mulher.
“Ele me perguntou pela Carol” – ela respondeu.
“Ora, querida, talvez o jovem não o saiba!” disse o marido à esposa.
A senhora estendeu a mão e pediu o papel com o endereço e correspondia.
“Quem lhe deu nosso endereço e por que pergunta por Carolina?” – ela perguntou ao rapaz.
“Foi uma moça, a quem emprestei minha capa ontem” – respondeu confuso.
“Que moça era essa?” – perguntou o senhor.
“Uma moça, de, aparentemente, uns vinte anos...” respondia o rapaz. Interrompido pela senhora:
“Aqui já morou uma Carolina, nossa filha, mas já não era tão jovem, ela veio a falecer ano passado, vítima de tuberculose”.
O rapaz ficou completamente desconcertado e sem jeito.
“Eu... Eu não imaginava... Compreendo a reação da senhora, peço mil perdões!” e triste continuou “Creio ter sido eu vítima de uma brincadeira”.

Vendo verdade na reação do jovem a senhora perguntou sobre o ocorrido e pediu maior descrição da tal moça. O rapaz, então, contou sobre o baile e descreveu a moça por quem se apaixonara na noite anterior. A descrição era surpreendentemente fiel à imagem da filha, quando mais jovem. O casal então buscou um retrato da filha. O rapaz reconheceu a fotografia como fiel ao que a jovem aparentaria se trinta anos mais velha, ficando ainda mais confuso.

“Ela não teria uma filha? Neta de vocês? Alguma parenta mais jovem? Quero dizer... Eu... Não quero ofender... Mas alguém que poderia ter querido me pregar, ou nos pregar uma peça...”. – O rapaz não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

“Não. Carolina nunca se casou ou teve filhos. Essa era uma de suas tristezas. Ela foi uma pessoa de saúde frágil, estava sempre adoentada” – a senhora respondeu com pesar.

Como o casal morava próximo ao cemitério, resolveram levar o jovem até o túmulo da filha falecida em novembro do ano anterior.
Chegando lá, encontraram a capa que o rapaz emprestara sobre o túmulo de Carolina.


Essa lenda é conhecida como "A Mulher da Capa Preta".

...beijinhos***

9 comentários:

  1. Ih, q tenso.
    Fiquei com dó do rapaz, agora, desiludido :/
    Espero q não exista gnt morta andando por aí :|
    Gostei muito da história

    Beijos

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    1. Oi, Vanessa! ^^

      Dá um certo dó dele! Dá dó dela também!
      Bem... Há quem diga que existem alguns fantasmas por aí perambulando... =|
      Muito obrigada!

      ...beijinhos***

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  2. Nossa! É para ler e sentir um arrepio! Gostei!

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    1. Oi, Lu!

      Também acho uma lenda urbana arrepiante!
      Muito obrigada! ^^

      ...beijinhos***

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  3. Show de Bola, Aline.
    Tua narrativa cheia de detalhes ficou perfeita.
    Ficou muito melhor do que eu já imaginava que ia ser.
    Beijo

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    1. Muito obrigada, Claudio!

      Eu gostei muito de conhecer essa lenda!
      Lisonjeada com seu comentário!

      ...beijinhos***

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  4. Eu adoro lendas urbanas!Parabéns,muito bem contada!

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  5. Linda história;
    me apaixonei muito linda linda.
    bjs

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  6. Quase 1 ano dps de ser postada me deparo com essa lenda novamente , embora dessa vez mt bem contada , meus sinceros parabens aline . Obs: quentin tarantino e un otimo produtor de terror tbm u.u

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