quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Estranho e Extraordinário


Em “Histórias Estranhas e Extraordinárias” eu trago relatos sobre fatos estranhos, sobrenaturais, coincidências espantosas, pequenas aventuras que a lógica e o raciocínio humano não conseguem explicar, suficientemente.
Hoje trago mais uma história que foi enviada à redação da revista “Planeta” como um fato real



Mistério do Retrato de Casamento


Sebastião foi um homem querido por todos que o conheceram: alegre, divertido, comunicativo. Ele era dono de uma padaria na cidade de Catende (PE), onde trabalhava como funcionário de uma usina de aguardente. Como diretor da equipe de futebol Leão XIII, ele se tornou bastante popular entre o pessoal da imprensa. No ano de 1967, porém, Sebastião foi obrigado a abandonar todas as suas atividades por causa de uma trombose.
Recuperou-se parcialmente, mas passou a andar de muletas. Como não podia continuar trabalhando, resolveu mudar-se para Recife, onde ficaria morando com uma filha casada, e receberia melhores cuidados médicos. Apesar de todos os esforços, Sebastião morreu em 1969. Nessa ocasião, sua filha menor, Maria Auxiliadora, estava noiva, com o casamento marcado. Em sinal de respeito, resolveram adiar o enlace para o ano seguinte. Em 1970 o casamento se realizou numa igreja completamente vazia num bairro distante de Recife: foi uma cerimônia simples, sem convidados, apenas com a família presente.
A única pessoa estranha era o fotógrafo, Joaquim de Sousa, Ele tinha aceitado o argumento de que a família ainda estava traumatizada com a morte do seu chefe e que não queria muito movimento na igreja. O fotógrafo devia tirar apenas dez fotos e não 40, como de costume. Infelizmente, apesar de Joaquim ser ótimo fotógrafo – ele era um antigo profissional da imprensa pernambucana – apenas quatro das fotografias saíram. A primeira pessoa a ver as fotos foi dona Nadir, esposa de Sebastião. Ficou muito nervosa quando percebeu, sentado na primeira fila da igreja, o seu falecido marido. Os parentes, bem como os jornalistas de Catende, ficaram impressionados com a foto. O negativo foi examinado e constatou-se que não se tratava de uma montagem. Seria um sósia, então? Se fosse, a semelhança era tão grande, que a família teria notado sua presença, já que a igreja estava deserta. Ainda assim a coincidência permaneceria: um sósia aparecer no casamento da filha do outro sósia que vivia a duzentos quilômetros de distância. Segundo o depoimento de todos os presentes, além do fotógrafo, na igreja não havia mais ninguém que não fosse da família.
Todos eles, porém, concordaram que durante a cerimônia, seus pensamentos estavam voltados para o morto.

Revista Planeta, setembro de 1973.

4 comentários:

  1. Boa tarde Aline.. fatos assim ocorrem naturalmente.. as vezes fica o apego pq quem já partiu.. e se este partiu com algo me mente que não relizou pode ocorrer sim.. já se viu muito em videos e fotos coisas assim.. eu não me assusto.. afinal.. essas coisas só acontecem se atraimos elas.. tenha um lindo dia abração

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  2. Aline, que conto lindo!
    Eu tenho certeza de que nossos parentes mais próximos, que não estão aqui conosco, presenciam as nossas vitórias e nos aplaudem sempre, amei !
    Que a vida continue....a morte não existe para mim,amiga!
    bjus querida!
    http://www.elianedelacerda.com

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  3. Já ouvi falar de casos assim.
    Pouco provável ser um sósia, pois se a pessoa estivesse na igreja todos teriam visto e reparado e não apenas na foto.
    É sinistro.
    Bjs

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