terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Gracilda (Borboleta - parte I)


Você se lembra de ver uma borboleta quando criança e ter se encantado com ela?
Eu me lembro bem de uma borboleta em especial que vi quando eu era criança. Talvez não tenha sido a primeira borboleta que vi, mas é a primeira que me lembro de ter visto bem de pertinho. Eu estava na chácara de minha avó. Gostava de andar sozinha pela chácara e estar naquele espaço cheio de verde, árvores e flores. Certa vez, com coisa de sete anos, eu tinha saído para passear pela chácara e parado em algum ponto do meu passeio, ficando por ali deitada na grama. Até que avistei uma linda borboleta de asas grandes e coloridas voando graciosamente como voam as borboletas. Voou pertinho de mim, posou numa folha próxima e ficou parada ali, mexendo só de vez em quando suas asas. Com medo de espantá-la fiquei sem me mexer observando-a, vendo as lindas cores das asas e aquelas anteninhas compridas! Espichei-me um pouquinho com todo cuidado para não assustá-la e poder vê-la um pouquinho mais de perto. Até que de súbito ela saiu rápido da folha, deu algumas voltas voando ao meu redor, escapando-me da vista nessas voltas agitadas, até que voou rápido e partiu para longe, desaparecendo completamente. Como eu gostei de ter visto aquela borboleta! Fiquei apaixonada pelo pequeno ser.
De volta à casa da chácara contei sobre a borboleta que vi! No caminho retornando à casa fui pensando um nome para a borboleta. Ana? Gracilda? Deise? Talvez o nome de alguma fada das histórias que minha avó me contava, Branwen? Áurea? Laura?
“Gracilda!” Esse nome combinava definitivamente com ela!
Mas quando contei sobre Gracilda à mamãe ela primeiro perguntou, em tom de correção “Gracinda?”. “Não! É Gracilda!” respondi. Então falei à mamãe sobre tornar a ver a Gracilda no final de semana seguinte, quando retornaríamos à casa da vovó. Eu imaginava poder reencontrá-la para sempre voando pela chácara.
“Aline, final de semana que vem ela não vai estar mais viva, as borboletas vivem só uma semana” assim, sem cerimônia, talvez sem consciência da importância que aquilo tinha naquele momento, que mamãe me deu a tão triste notícia sobre a Gracilda.
Não faltava muito para a hora de voltarmos para nossa casa. Não havia tempo de reencontrar a Gracilda. Mamãe já me aprontava, arrumando meu cabelo e minhas roupas, para retornarmos ao Rio de Janeiro. Eu não veria a Gracilda novamente. Teria para sempre apenas a lembrança daquele único encontro.


Continua...

2 comentários:

  1. **"eu tinha comentado algo legal mas deu erro e perdi meu comentario"**
    Como disse nas mensg. vc escreve mto bem, queria ter esse dom. nao me lembro da 1° vez q lembro de ver pela 1° vez uma borboleta [:s] Sobre a historia, legal, parece q é contado como um conto de fadas, sl, e lendo nao lembrava q as borboletas morriam em 1 semana, e tipo, 1 vida td comendo, pra fica um tempao no casulo sair linda e maravilhosa pra viver mais 1 semana, triste! esperando a continuação!! bjkks
    483 kusses..~^~

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  2. Eu tbm lembro a primeira vez q vi uma borboleta (se não foi a primeira vez, com certeza foi a mais marcante) Ela estava no chão se esforçando p/ levantar voou. Fiquei sensibilizada com aquilo. Peguei-a na mão e a soltei em um valo,(um buraco grande e fundo) fazendo-a voar p/ longe. Ela devia estar morrendo naquele momento. :( Mas não sabia disso. Contei o q tinha ocorrido p/ minha mãe uns dias depois que passávamos pelo mesmo lugar. Minha mãe tb me disse a triste noticia d q elas duravam uma semana apenas. :/
    Eu pensei ter salvo a vida da borboleta. Mas depois descobri q não foi bem assim.
    Ansiosa p/ a segunda parte.
    Eu amei muito esse post!
    Muitos beijos!
    :*

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